terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Muralismo Mexicano o princípio de tudo



Davi Alfaro Siqueiros

Nele, projeta-se a imagem do séc. XX, impregnado de ideologia e erguido sobre os pilares da tecnologia cientifica, superação definitiva de um passado empírico e artesanal. Em 1919, Siqueiros é nomeado adido militar na embaixada mexicana na Espanha. Começam assim suas andanças européias. Diego Rivera que conhecera em Paris, abre-lhe os olhos para as grandes inovações da pintura francesa: fauvismo e cubismo. È em Barcelona que Siqueiros divulga o primeiro manifesto de uma vida pontilhada de manifestos. Expressava então as idéias de todo o grupo: harmonizar a estrutura geométrica com o conceito, impor o espírito construtivo sobre o decorativo, fazer dos cones, cubos, esferas, cilindros e pirâmides as bases de toda a composição plástica.
Em 1922, de volta ao México, funda com Rivera e Orozco a escola dos muralistas. Era uma certeza fundamental do grupo que o mural era a arte popular. Todos se dedicavam a pintar inicialmente, em velhos prédios coloniais num reflexo de sua tendência a ligar-se à tradição. Com Rivera e Orozco havia criado o muralismo mexicano importante escola de pintura moderna. O muralismo ganha unidade fundamental ao negar a pintura de cavalete, de consumo individual. E propor-se como arte monumental e heróica, uma arte para todos, uma arte pública. Arte pública é igual a arte mural segundo conceituação dos três pintores. Assim começou por volta de 1922, o movimento que se tornou raiz e tronco de toda pintura mexicana e das ramificações desta ma escultura, na musica e no cinema que só pode ser compreendida, juntamente com a personalidade de seus criadores, como o produto de uma revolução nacional.

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